07/04/11

Os bons e os maus profissionais

Estive hoje presente num encontro especialmente dirigido a pais, organizado por uma Associação de Pais de uma escola pública, sobre Autismo e Inclusão.

Começo por louvar a iniciativa da Associação de Pais que, apesar de não ter (aparentemente) conseguido grande adesão dos pais, teve uma sala cheia, com a presença de vários profissionais de educação.

Foi um encontro interessante, útil para pais e professores e que julgo que, entre várias questões importantes, reforçou a ideia da necessidade de um trabalho de equipa.

E é por isso que não posso deixar de escrever esta mensagem, demonstrando o meu desagrado pelo comentário efectuado por uma educadora, que pôs enfaticamente em causa a qualidade da formação e do trabalho efectuado pelas(os) educadoras(es) e professoras(es) de educação especial.

Não sendo nem educadora nem professora de educação especial, apesar de de ter educação especial na minha designação profissional, não me senti individualmente ofendida pelo comentário.

Mas considero-o ofensivo para todas as educadoras(es) e professoras(es) que se esforçam para dar a melhor resposta possível às crianças que acompanham, que "perdem tempo" (ou ganham-no, dependendo do ponto de vista) em formações (em que o importante não é ir para receber o certificado no fim), em pesquisas, na construção de materiais individualizados, e que lutam contra as condições de trabalho que têm (que não favorecem uma resposta eficaz).

Acredito que a educadora em causa tenha tido uma má experiência, mas parece-me injusto generalizar!

Também eu já tive más experiências com educadoras menos empenhadas, psicólogos menos competentes, médicos menos interessados, pais mais complicados... Julgo mesmo que só com as crianças é que não se têm más experiências... Mas não é por isso que deixo de reconhecer a mais-valia que cada categoria profissional pode trazer para a construção de um processo educativo.

Além de que, com generalizações negativas, contaminamos logo todo o processo - deixa de haver hipóteses de se fazer um trabalho de equipa frutuoso, em que todos sentem que têm algo a aprender com os restantes membros da equipa.

Sozinhos, não vamos lá certamente! É o todo que dá o verdadeiro empurrão! E, se nos empurrarmos uns aos outros (em vez de deitarmos os outros abaixo), conseguiremos certamente ir mais longe...

É só a minha opinião...

2 comentários:

  1. Concordo inteiramente com o trabalho em equipa.
    Só assim se tem frutos positivos, ou pelo menos melhores resultados.
    Eu incentivo isso mesmo, na equipa que trabalha diariamente com o meu filho.
    E tenho a certeza que o Diogo se desenvolve mais positivamente graças à equipa que o acompanha e o trabalho de todos sintonizado no mesmo sentido.

    Infelizmente há bons profissionais, e profissionais menos motivados em todos os sectores de actividade.
    Neste, os grandes prejudicados são as nossas crianças e o seu futuro, por isso temos de ser tão exigentes e "profissionais".

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  2. ahhhhhhhhhhh ñ ajudou nads no meu trabalhoooO!!!!!!!!

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